Brancos têm rendimento cerca de 40% maior do que negros. A média era de R$ 3.099 para brancos, enquanto para os negros essa média chegava a R$ 1.764.

Brancos têm rendimento cerca de 40% maior do que negros

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Brancos têm rendimento cerca de 40% maior do que negros

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As informações fazem parte de uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgadas nesta sexta-feira (11).

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Os dados indicam que os brancos possuem rendimento mensal quase duas vezes maior do que a população negra. De acordo com dados que consideram a situação no ano passado, a média era de R$ 3.099 para brancos, enquanto para os negros essa média chegava a R$ 1.764. E para pardos, R$ 1.810.

Quando a análise foi feita sobre as horas trabalhadas, o rendimento para os brancos era de R$ 19 para brancos; R$ 10,90 para pretos, entre pardos foi de R$ 11,30.

A situação se repete quando comparada a média domiciliar per capita; de R$ 1.866 para brancos. Para os pretos, R$ 965, para pardos esse valor chega a R$ 945. A maior diferença foi observada nos estados do Rio de Janeiro e Roraima. A diferença nessas regiões chegou a ganhos efetivos 46,3% e 45,1% menores para pretos e pardos.

Segundo o instituto, essa situação de desigualdade independe do nível de instrução nos dois recortes demográficos. Mesmo com nível superior, ou até mais do que isso, a diferença no rendimento dos brancos é 50% maior do que a dos pretos, e 40% maior do que a dos pardos.

O parâmetro usado pelo Banco Mundial para determinar o grau de pobreza, considera que os ganhos de US$ 5,50 diários, indica que são 18,6% entre brancos frente 34,5% entre pretos e 38,4% entre os pardos. Os dados abaixo da linha da pobreza (US$ 1,90 diários) indicam que são apenas 5% de brancos. Pardos chegam a 11,4%, e pretos, 9%.

Reprodução perpétua da desigualdade

O IBGE também trouxe informações pertinentes a essa questão dentro do mercado de trabalho de 2021. Na pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, quando o assunto é desemprego, as pessoas brancas são 11,3% daqueles sem ocupação. No caso dos pretos esse índice chega a 16,5%, pardos são 16,2%.

Entre os cargos informais, 32,7% da informalidade é preenchida por brancos. O percentual entre pretos e pardos nessa situação chega a 43,4% e 47%, respectivamente. O Norte e Nordeste do país figuram uma triste realidade: ambos cortes demográficos se aproximam de 60% nas regiões.

É natural que tal cenário se repita na qualidade dos cargos. Enquanto, de acordo com os dados de 2021, a população era composta por 53,8% de pretos e pardos, apenas 29,5% dos cargos de gerência estavam sob tutela de negros. A população branca detém 69,0% das posições.

 

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Renato Felix Iwamoto

Jornalista, trabalha como redator na empresa Boas Ideias.

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