Empresas promovem a diversidade imigratória nas contratações

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Em 2017, quando o venezuelano Jesus Segovia, de 30 anos chegou no Brasil, sem condições de se manter precisou encontrar um emprego formal para dar início ao processo de visto no Brasil. Enquanto isso, a empresa de contact center Sitel estava expandindo seus serviços de suporte em espanhol e procurando colaboradores nativos.

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Portanto, para conseguir pegar os refugiados, a empresa usou estratégias de inclusão para que fosse o mais benéfico a todos. Embora a diversidade possa trazer o melhor desempenho financeiro para uma empresa (assim como está na pesquisa feita pela consultoria McKinsey em 2015), é uma oportunidade socialmente inclusiva para mais de 57 mil imigrantes que estão abrigados no Brasil, segundo o Conare (Conselho Nacional de Refugiados).

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O refugiado

Segovia, cirurgiã pediátrica, trabalhou na Sitel por quatro anos até passar no começo do ano na Revalida (exame nacional de revalidação de diploma médico emitido pelo Ministério da Educação). No início, os brasileiros não tinham muita interação com outros latinos, mas com o tempo nos integramos e todos se beneficiaram. Ele acrescentou que usou sua experiência profissional para incentivar a atividade física entre seus funcionários.

Reconhecido pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a Sitel é reconhecida como a maior empresa de funcionários refugiados, o programa, em 2018 iniciou com 10 funcionários, atualmente conta com 800 funcionários e pretende chegar a 1 mil até 2023 em 4.600 funcionários.

Inclusão é importante

Tal como acontece com outras ações relacionadas à diversidade, para ter uma boa inclusão desses imigrantes mudanças são necessárias, ter um treinamento e projeto e alfabetização dos colaboradores. Por exemplo, na Localiza, os gerentes geralmente são treinados em viés inconscientes. Além disso, a instituição também adaptou todos os cursos da Universidade Localiza em inglês, espanhol e francês.

Amanco Wavin mantém o projeto Além Fronteiras com o ACNUR, que atualmente conta com 20 trabalhadores refugiados. A fabricante de tubos e conexões hidráulicas também se prepara para abrir mais dez vagas para refugiados como jovens aprendizes e estagiários. Além da oferta de empregos, a empresa tem investido em apoio psicológico e financeiro à gestão e cursos de língua portuguesa, além de capacitar todas as lideranças para acolher esses funcionários.

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