Há duas formas de empreendedorismo que definem a situação em que está quem deseja mudança.
Empreender por necessidade diz respeito a falta de dinheiro e iminência das contas ao fim do mês, uma circunstância que demanda mudança. Mas também há o empreendedorismo por oportunidade.
A motivação a inspirar esse movimento advém do olhar apurado para perceber um nicho de mercado em que há espaço para criar. Seja lá qual for. A independência financeira seduz quem procura este tipo de oportunidade.
A necessidade de empreender é proporcional a taxa de desemprego do país, enquanto quem analisa possíveis formas de rentabilizar com negócios, geralmente, está em posição mais confortável, o que lhe confere estabilidade para escolher onde deseja atuar.
Exemplos de negócios
Mães que não ocupam cargos dentro do sistema produtivo escolhem empreender por precisarem complementar a renda ou até mesmo desafiar o estigma de mãe que tem como única atribuição ser mãe.
Outro exemplo da necessidade enquanto motivo do ímpeto empreendedor são refugiados que migram para outros países e precisam gerar renda, mas não conseguem se adaptar ao mercado formal, isto é, ao regime CLT ou, até mesmo, não conseguem oportunidade em empresas.
Torna-se, portanto, necessário que alguma mudança aconteça.
O caso de empreender por oportunidade está atrelado a pessoas que possam ter alguma renda estável e até mesmo poupança guardada. Algum profissional que está cansado do ramo em que atua, ou até mesmo ainda conserva prazer na atividade que produz, mas deseja aumentar a renda.
Empreendedorismo por necessidade no Brasil
Segundo pesquisa realizada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) e Sebrae, originalmente publicada no G1, o número de brasileiros que desejam abrir seu próprio negócio nos próximos três anos teve aumento de 75%.
No geral da população, 50 milhões de pessoas planejam tornar-se empreendedores.
Se considerarmos a série histórica da pesquisa, esta é a primeira vez que a opção “ter uma empresa” ocupa o segundo lugar em sonhos do brasileiro. Só fica atrás do desejo de viajar.
Sobre a ideia de empreender em um país considerado emergente, a taxa que designa a atividade é de 18%. Considerado uma taxa alta para um país não desenvolvido.
A crise e a necessidade sob o empreendedorismo
A maior motivação para este tipo de atividade é a crise, e, portanto, a falta de meios para sobreviver. A recessão econômica surge aí como dado objetivo, que empurra a população desocupada a investir em meios que permitam gerar renda, independentemente de laços trabalhistas.
De acordo com a mesma pesquisa supracitada, o maior motivo para a abertura de novos negócios é este. 48,9% dos negócios são abertos sob essa premissa. Durante a pandemia, o número estava levemente acima; 50,4%. No mesmo período, a falta de perspectiva assolava 12 milhões de pessoas que buscavam trabalho. Isto representa uma taxa de 11,2% de desemprego.
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