Com os constantes avanços trazidos pela IA. que vão desde a Alexa passando pelo ChatGpt, a Inteligência Artificial continua a nos preocupar em relação as carreiras que deixarão de existir nos próximos anos.
E apesar da previsão de que a nova tecnologia, eliminará 300 milhões de empregos, sendo 23% no Brasil, segundo dados de pesquisa realizada recentemente pela empresa de investimentos Goldman Sachs, optamos por focar nas carreiras que apesar de sofrer os impactos dessas transformações tendo suas tarefas automatizadas, ainda assim exigirão competências que nenhuma máquina poderá substituir.
Conforme sugere a OIT – Organização Internacional do Trabalho, as mulheres por estarem a frente das atividades administrativas, podem ser as mais afetadas pela automação, representando 3,7% da população mundial em comparação a 1,4% dos homens com riscos de perder seus cargos para as novas tecnologias.
De que forma mudanças trazidas pela IA, afetam o mercado de trabalho no Brasil?
Em países como o Brasil, essas mudanças tendem a ocorrer de forma gradativa, tendo visto que para grande parte das empresas, ainda é financeiramente inviável os custos da automatização de todos os processos. Segundo Jordano Rischter, sócio da Wide, empresa de Recrutamento voltada à alta gerência, em Porto Alegre (RS), “devemos encarar essas mudanças não como ameaças, mas como oportunidade de automatizar tarefas repetitivas”.
Frente as facilidades apresentadas por essas ferramentas na elaboração de textos, produção de vídeos, imagens, fotografias, análise de dados, tradução de idiomas, é comum nos questionarmos:
Será que meu trabalho, poderá ser substituído pela Inteligência Artificial?
Vamos encarar esse processo, como um grande problema ou uma grande solução para o mercado de trabalho?
Cargos que sobreviverão as transformações geradas pela IA, no mercado de trabalho e de emprego
Pedagogo: são cargos essenciais ao desenvolvimento de pessoas e que exigem habilidades sociais mais complexas. Apesar do amplo acesso oferecido por conteúdos digitais ter modificado a forma de ensino principalmente pós período pandêmico, os profissionais dessa área são necessários mesmo no ensino a distância e desenvolveram frente a este cenário, ainda mais as competências de criatividade, uso de novas tecnologias e de resiliência, que não poderão ser feitas pelas máquinas.
Psicólogos: também impactados pela pandemia, houve um aumento significativo na atuação deste profissional. De acordo com o GetNinjas, site de conexão de clientes e profissionais, entre os mais de 10 mil pedidos diários de buscas cadastrados em sua base, está o atendimento psicológico entre os serviços mais procurados. Por lidarem com aspectos emocionais, subjetivos e de cuidados com a saúde mental, nenhuma máquina poderá substituí-los.
Gestor de Pessoas: Por lidarem com criação de estratégias de produtividade, tomada de decisões gerenciais, criação de processos que afetam nas condições de motivação das equipes e influência direta nos resultados das instituições, a Inteligência Artificial poderá trazer base para suas decisões, mas não os substituir.
Serviço Social: necessitam de habilidades em lidar com situações de vulnerabilidade social, dando suporte e trazendo soluções às famílias em aspectos econômicos, emocionais e sociais. Nenhuma máquina poderá trazer esse tipo de apoio e conforto.
Portanto cargos que necessitem do desenvolvimento de competências como o cuidado, criatividade, habilidades sociais complexas, negociações, administração de conflitos, tomada de decisão, serão mais complexos de serem substituídos pela IA.
Inteligência Artificial (IA) – Solução ou Problema?
As preocupações trazidas que indicam o potencial desemprego em massa causado pela automatização de processos repetitivos, a previsão de desigualdade social provocada pelo acesso ou não às tecnologias e os impactos econômicos que isso pode causar, a falta de privacidade de dados, configuram grandes problemas nessa transição.
Já as soluções estão nos impactos positivos que ela traz de melhorar todos os aspectos da sociedade, otimizando processos em todas as áreas.
Como por exemplo na Medicina, acelerando diagnósticos com descobertas mais ágeis, melhorando a qualidade de cuidados médicos ou na Educação, adaptando a forma de ensino à necessidade do aluno, possibilitando maior inclusão.
Devemos então adotar uma atitude mais equilibrada nesse processo compreendendo seus impactos, buscando possibilidades de adequações e explorando formas de se beneficiar com ela.
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Sobre a autora
Marlene Mello é graduada em Gestão de Recursos Humanos e graduanda em Psicologia. Atua há 22 anos na área de Recursos Humanos, predominantemente com Recrutamento e Seleção e Análise de Perfil Comportamental.
Tem uma coluna sobre gestão de pessoas e escreve todas as semanas para o canal Carreiras e Profissões do portal Boas Ideias.
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